Economista pede redução maior, mas alerta para limite de crescer só via crédito
O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, defendeu que a redução da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito para pessoa física. podia ter sido maior.
"Confesso que esperava um pouco mais, porque o IOF era 3% ao ano e imaginei que fosse para 1,5% ao ano, e reduziu para 2,5% ao ano. É importante, mas poderia ter avançado um pouco mais. Poderia ter voltado o IOF ao que era no começo do ano (1,5%", disse Oliveira, segundo a Agência Brasil.
Para o vice-presidente da Anefac, as medidas de incentivo ao consumo serão suficientes, apenas se a crise mundial for debelada.. Mas se o cenário se agravar, serão necessárias novas medidas: "Inevitavelmente vamos ter de tomar outras medidas para que não tenhamos desaceleração forte, que provoque desemprego alto no país."
E ressaltou que o governo deverá ficar atento para medidas não valorizarem demais o real: "O governo tinha de reduzir o IOF na questão das captações e esperar o resultado. Inevitavelmente, se trouxer um problema grande de valorização do real, aí o Banco Central vai ter que atuar no sentido de recomprar dólares."
Para o pesquisador na área de finanças públicas e crédito da Fundação Getulio Vargas (FGV) Gabriel Leal de Barros, a redução do IPI para a linha-branca a redução do dos eletrodomésticos da linha-branca deve surtir efeitos positivos.
Ele lembra que ela já foi adotada com sucesso, em 2009, para enfrentar a primeira fase crise. Dois anos depois, porém, segundo o Banco Central, o endividamento das famílias brasileiras está muito alto, o que pode comprometer seu poder de compra, mesmo com a redução do IPI.